quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Eu, ela e Amores Roubados.


Sou filha única de mãe e sempre fomos muito próximas. A gente sempre tem assuntos que são exaustivamente discutidos. Esses assuntos variam de acordo com o que acontece no mundo, ou o que passa na TV… Pode ser uma notícia, uma serie, uma novela, uma conduta…. A gente curte discutir assuntos. Ela em Juiz de Fora e eu São Paulo; são horas de bla bla bla… Extremamente construtivas. 

A bola da vez é a minisserie Amores Roubados. Desde que começou, é pelo o menos uma ligação pra falar do que aconteceu, do que cada uma acha que vai acontecer, da parte psíquica e emocional de cada um dos personagem. Tudo sempre é levado super a serio e a maior discussão desse último vicio foi grave. 

O motivo foi a morte do personagem do Cauã, o Leandro. O cara toma um tiro, cai de um precipício num carro, jogam fogo no mesmo e existe a ideia que sim, ele está vivo. Na minha cabeça é impossível alguém sobreviver àquilo tudo. Pra minha mãe, pode acontecer. 

É claro que, pelo lado da emoção todo mundo quer que o Leandro esteja vivo. Sem dúvida, Cauã conquistou todas as mulheres do Brasil nessa minisserie. Mas… a discussão é viabilidade. Pra mim, a chance de ele poder sobreviver é 0,1%, atrelando o fato a um milagre, àquelas coisas que a gente não explica. Pra minha mãe, totalmente possível de acontecer.

- Mãe, você realmente acha que é possível o cara estar vivo??
- Marina, acho. São essas coisas da vida….. Você viu o jagunço que chegou e viu o carro? Tem algo aí…. E o dedo dele mexeu!!!
- Mãe, espasmo muscular, dor. Pelo amor de Deus, o jagunço apareceu depois de um dia e uma noite que o cara estava lá agonizando. 

Foi mais ou menos uma hora de discussão. Eu sempre tento o apoio do meu marido:


- Não é, amor, você não acha também impossível ele estar vivo?


Imediatamente ele levantou e foi saindo da sala:

- Ihhhhhhhhhh, não me mete nisso não... Vocês são doidas.... 

Não teve jeito. Virou briga. Eu me exaltava em São Paulo, e ela no Rio (ela está no Rio esses dias).
Não aguentei. Resolvemos desligar sem chegar a uma conclusão.

- Mãe, chega. Quero desligar.
- Eu também.
- Tá, mas não me liga amanhã pra falar disso. Vamos dar um tempo….!!!!!

Nada feito. No dia seguinte, a serie acabou e o celular tocou:

- Viu, né? Agora já era…..

Discutimos um pouco, mas eu estava na casa de uns amigos e a ligação não passou de 3 minutos. 

Hoje, quinta-feira, véspera do final da serie, ela viu na TV o teaser do penúltimo capítulo. Claro, me ligou pra contar.

- Olha, passou aqui na TV…. Outro tiroteio e um rapaz pulando pra fugir. Acho que era Liandro.

A gente só fala do personagem desse jeito: Liandro pra lá, Liandro pra cá… Foram mais 5 ligações afirmando que era Liandro. Eu acho que é o primo, mas não vi o teaser.

Confesso que estou um pouco triste com o fim da serie. Primeiro porque é super bem feita e tem atores incríveis. Segundo que a opção direta é o Big Brother, que pra mim não é opção. Parecia um sonho acabar a novela (com o show do Matheus Solano), e logo começar Amores Roubados, com o show de muita gente e, sim claro, o belo Cauã. Lembrei muito da minha infância, da Gávea e de todas as lembranças que estão ligadas a elas. 

Vou ficar órfã de Amores Roubados. E mais ainda, dos papos longos, das imensas risadas, do telefone tocando assim que acabava a serie. Sempre que alguma coisa que provoca esse tipo de contato entre mim e minha mãe, quando acaba, me faz muita falta. Parece que a distância entre SP e Juiz de Fora fica ainda maior. Mas com certeza já já aparece outro assunto altamente discutível pra Juiz de Fora aparecer em SP ou SP aparecer em Juiz de Fora. Eeeeeeta vida muderna corrida!

2 comentários:

  1. Agora, me fala o que foi aquela cena, em que a Isabel se entrega a um desconhecido depois que quase o atropelar?? Um misto de desespero, prazer, sensualidade, uma loucura....rende mais 1 hora de ligação pra Juiz de Fora... rsrsrsrs.. bjs

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    1. hahahahah com certeza, Jú! Ainda bem que no meu plano DDD é ilimitado! :P

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