sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A Arte da Desistência

Tem dias que o mundo parece que acordou ao avesso. Pelo o menos pra você. A graça é que, enquanto você pode ter um dia ruim, outra pessoa pode estar tendo um dia maravilhoso. Alguns chamam isso de equilíbrio do universo. Mas eu acho que é o ciclo orgânico da vida mesmo. Uns dias bons, outros ruins, outros normais, outros ótimos... E dentro desses dias, ocorrem milhões de variações. Num dia ruim, você pode ter coisas bacanas; o que torna o dia menos ruim. Em uma dia bom, você pode ter notícias ruins; o que às vezes estraga o seu dia.

A vida é engraçada. Acho que foi Schopenhauer, nos seus pensamentos pessimistas, que disse que o ser humano tem mais razões para ser infeliz que feliz. Pode ser que seja verdade. A vida é dura, estamos sempre tentando lutar com a maré. Cobranças, decepções, erros, falhas, dúvidas... A vida é sim confusa. Mas eu ainda voto por falar que, mesmo assim, mesmo diante disso tudo, nós, seres humanos, podemos estar felizes. Felicidade não é um estado constante; são momentos, às vezes, de maior recorrência de satisfação, às vezes, menor. Mas não é estável. Se formos pegar cada momento ruim para pautar nossa vida seremos eternos pessimistas. E eu particularmente acho chato aquelas pessoas que vivem reclamando da vida e dos outros. Todo mundo reclama, mas tem o timing de parar, de tentar contornar a situação, de insistir mais um pouco ou até, desistir. Desistir não é feio, faz parte de escolhas da vida também. 
Uma amiga postou essa semana no facebook uma frase que eu achei interessante: “Não desisto fácil mas também não insisto pra sempre.” Acho que é isso. Equilíbrio, insistência, persistência e até desistência. Têm situações que não merecem tanta energia gasta. Eu acho que desistir, algumas vezes, é um ato de coragem.


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